11/04/2024 às 10h07min - Atualizada em 11/04/2024 às 10h07min

Vendas do comércio varejista aumentam 19,6% na Paraíba em fevereiro, a maior alta do país

Quando avaliado o desempenho do setor em relação a janeiro, a Paraíba também detém a maior alta do país

Michelle Farias - Pauta Real
Foto: IBGE
As vendas do comércio varejista aumentaram 19,6% no mês de fevereiro na Paraíba em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual de crescimento é o maior registrado no país. Na receita nominal de vendas do setor, a Paraíba também lidera, com 20,9%.

A variação no país foi de 8,2% com resultados positivos em todas os 27 estados. Amapá teve o segundo maior volume de venda (17,9%), seguido por Mato Grosso (17,1%). 

Quando avaliado o desempenho do setor em relação ao mês anterior, janeiro, a Paraíba também detém a maior alta do país, de 5,7%. Essa foi a segunda alta consecutiva do indicador paraibano, uma vez que a variação registrada em janeiro foi de 4%.

No mesmo comparativo, a receita nominal de vendas do setor apresentou o 2º maior crescimento (3,3%) entre todas as unidades da federação, abaixo apenas do que o verificado no Pará (4,6%)
e acima da média do Brasil (1,2%). No mês anterior, a variação desse indicador estadual também havia sido positiva (4,5%).

No acumulado do ano, houve alta tanto no volume de vendas (7,3%) como na receita nominal (8,3%) do varejo estadual. Em ambos os casos, os indicadores estaduais ficaram acima dos nacionais, que foram de 6,1% e 8,2%, respectivamente.


Paraíba tem maior alta do país também no varejo ampliado

No comércio varejista ampliado paraibano, houve avanço de 5,2% no volume de vendas e de 6,2% na receita nominal, em janeiro, frente aos resultados do mês anterior. Essas foram as maiores variações do país, ficando bem acima das médias do Brasil, que foram de 1,2%, para o primeiro indicador, e de 1,6%, para o segundo. O setor inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças, material de construção e as de atacado especializado em alimentos, bebidas e fumo.

Na comparação entre fevereiro de 2024 e o mesmo mês de 2023, a alta apresentada pelo setor paraibano foi a segunda maior do país no volume de vendas (17,7%), atrás apenas de Tocantis
(19,3%); e a terceira maior na receita nominal (18,5%), que foi inferior somente às altas registradas em Tocantins (24,1%) e no Amapá (18,6%).

As variações acumuladas no ano foram igualmente positivas, de 7,3% no volume de vendas e de 8,3% na receita nominal, ambas superiores às médias nacionais, que ficaram em 6,1% e 8,2%,
respectivamente. 

Já no acumulado dos últimos 12 meses, o movimento observado no setor paraibano foi de queda, tanto no volume de vendas (-3,2%) como na receita nominal (-1,2%), contrastando com as altas de 2,3% e 4%, respectivamente, verificadas no cenário nacional.

Crescimento pelo segundo mês e maior patamar na série histórica


Na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista foi de 1%, segundo mês consecutivo de alta. 

Segundo o IBGE, a última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em setembro). Com isso, a série histórica do índice da base fixa do indicador de volume da margem atinge o máximo da série histórica, superando em 0,5% o nível recorde anterior (outubro de 2020).

“Entre os destaques dessa passagem é termos observados dois meses consecutivos de altas, o que não acontece desde meados de 2022. No entanto, naquele momento o crescimento combinado dos dois meses foi menor, menos intenso. Outro aspecto a ser destacado é que nos últimos dois anos ou janeiro ou fevereiro vieram mais fortes, mas com posterior queda. Em 2024, houve alta tanto em janeiro quanto em fevereiro”, avalia o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Ainda conforme o IBGE, o comportamento foi influenciado pelo crescimento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%) e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%).  

“Avaliando esse setor sob a ótica de seus subsetores, percebemos que a alta veio da parte de produtos farmacêuticos. Houve um fator inflacionário que precisa ser levado em conta, que resultou em um crescimento de preços, mas um crescimento ainda maior em volume de receitas. Esse resultado de 9,9% é bastante expressivo e só vai se assemelhar a janeiro de 2022, quando o setor teve um crescimento de 9,4%”, lembra Cristiano sobre o setor farmacêutico.
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