25/07/2024 às 11h42min - Atualizada em 25/07/2024 às 11h42min

Total de pessoal ocupado no comércio da Paraíba cresce 18,8% em 10 anos

Frente a 2021, houve queda de 1,1% no número de pessoas atuando no setor, conforme IBGE

Redação - Pauta Real
Na Paraíba, o total de pessoas ocupadas no comércio cresceu 18,8%, em dez anos, passando de 109,6 mil pessoas, em 2013, para 130,2 mil pessoas, em 2022. As informações são da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada nesta quinta-feira (25), pelo IBGE. Ao retratar características estruturais dessa atividade no país, o levantamento visa auxiliar entidades de classe e diferentes esferas do governo no planejamento econômico. 

A alta constatada no indicador paraibano ficou bem acima da média nordestina (1,4%) e contrasta com a queda verificada na média brasileira (-0,7%). Ela ocorreu nos três segmentos do comércio, mas foi puxada sobretudo pelo comércio varejista, cujo avanço nesse indicador, no mesmo período, foi de 22,8% (passou de 80 mil, em 2013, para 98,2 mil pessoas ocupadas, em 2022). Depois veio o segmento atacadista, com variação de 10,1% (de 19,3 mil para 21,3 mil pessoas, respectivamente), e o comércio de veículos, peças e motocicletas, cuja variação foi de 3,8% (passou de 10,3 para 10,7 mil pessoas). 

A pesquisa mostra que o ponto mais alto da série histórica em análise foi alcançado em 2021, quando o contingente de pessoal ocupado no comércio estadual era de 131,6 mil pessoas. Comparando o resultado de 2022 com o de 2021, constata-se uma variação de -1,1%, movimento que se contrapõe às altas observadas tanto no cenário nacional (2,6%), como no regional (3,4%). Essa redução do pessoal ocupado na Paraíba deveu-se principalmente ao recuo observado no comércio varejista (-3,6%) que, historicamente, ocupa a maior parte das pessoas atuantes no comércio paraibano, sendo contrabalançado pelo crescimento nos segmentos atacadista (10,3%) e de veículos, peças e motocicletas (3,8%).


Em 2022, o contingente de pessoas atuantes no varejo representava 75,5% do pessoal ocupado no setor estadual, enquanto 16,3% atuavam no atacado e 8,2% no comércio de veículos, peças e motocicletas. 

A PAC 2022 mostra que o salário médio mensal pago pelas empresas do setor era de 1,5 salário mínimo (s.m.), igual à média regional e inferior à média nacional, que era de 2,0 s.m.. 

Já o valor total dos salários, retiradas e outras remunerações oriundas das empresas comerciais da Paraíba, em 2022, equivalia a cerca de R$ 3 bilhões, apontando para um crescimento nominal de 124,3%, entre 2013 e 2022, e de 12,5%, frente a 2021.  

Desse montante, 68,5% advinham do comércio varejista que, para esse indicador, com 134% de avanço no período de 10 anos e 7,6% face a 2021, foi o maior responsável pelo crescimento do comércio estadual. 

Por sua vez, o comércio atacadista contribuiu com 21,7% do valor total dos salários, retiradas e outras remunerações e, com crescimento de 29,2% face a 2021, puxou a alta do setor estadual nesse mesmo comparativo. Entre 2013 e 2022, o atacado teve alta de 118%. 

Já o comércio de veículos, peças e motocicletas foi responsável por 9,8% dos salários, retiradas e outras remunerações do comércio paraibano, com altas de 83%, no período de 10 anos, e de 15,6%, em 2022 frente a 2021.   

A pesquisa constatou também uma variação de 0,5% no número de unidades locais de empresas comerciais que, em dez anos, na Paraíba, passou de 23.423 unidades, em 2013, para 23.538 unidades, em 2022. Enquanto isso, nos cenários nacional e regional, houve quedas de 7,3% e de 10,2%, respectivamente.  

Frente a 2021, quando havia 24.589 unidades locais no estado, ponto mais elevado dessa série da pesquisa, houve retração de 4,3%. Nesse mesmo comparativo, também houve queda na média nordestina (-0,3%), enquanto a média brasileira avançou 2,5%.  

O conjunto de unidades locais de empresas comerciais existentes na Paraíba, em 2022, era composto em sua grande maioria (82%) por empresas do comércio varejista (19.303 unidades locais). Outras 2.288 unidades (9,7% do total) atuavam no comércio por atacado. Já no ramo do comércio de veículos, peças e motocicletas, havia 1.947 unidades (8,3%).  

A receita bruta de revenda de mercadorias do comércio paraibano foi de R$ 76,2 bilhões, em 2022, o que aponta para uma alta de 139,5%, frente a 2013, e de 15,2%, relativamente a 2021. Também nesse quesito, merece destaque a significativa variação positiva do comércio atacadista, que foi de 165,8%, no período de dez anos, e de 33,3%, no comparativo com o ano anterior. 

Do montante total da receita no comércio paraibano, cerca de 48,6% correspondiam ao varejo, 43,4% ao atacado e 8% ao comércio de veículos, peças e motocicletas. No âmbito do Nordeste, o setor comercial da Paraíba ganhou participação entre 2013 e 2022, tendo o indicador aumentado de 7,1% para 7,3%, ao longo do período.

A pesquisa traz também resultados relativos à margem de comercialização, indicador que é obtido por meio da diferença entre a receita líquida de revenda e o custo das mercadorias revendidas. Para o comércio da Paraíba, em 2022, o valor desse indicador foi de aproximadamente R$ 14,4 bilhões, indicando um crescimento nominal de 138%, entre 2013 e 2022; e de 14,5%, face a 2021. Ressalte-se que, igualmente para esse indicador, o comércio atacadista apresentou os maiores aumentos nominais: de 156,4%, no período de dez anos; e de 36,2%, no comparativo com o ano anterior.

Mesmo assim, no estado, com uma participação percentual de 56,3%, o comércio varejista se manteve como majoritário no que diz respeito à distribuição da margem de comercialização entre as divisões de atividade. A segunda maior participação foi do comércio atacadista (35,3%). O segmento de veículos, peças e motos, por sua vez, ficou com 8,4% da margem de comercialização total.



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