19/04/2024 às 08h16min - Atualizada em 19/04/2024 às 08h16min

Juzé e Lukete lançam o EP “Visse & Verso”

Trovadores modernos com um pé no Nordeste e outro no futuro, artistas tecem poesias, emocionam e divertem-se em novas músicas

Pauta Real
Fogo no Paiol Music Hub
Foto: Divulgação / Fogo no Paiol Music Hub
A vida tem suas costuras e a Paraíba é rainha na arte de tecer destinos. Juzé e Lukete, artistas revelação da TV Globo em 2022 na novela Mar do Sertão, repetem a dobradinha este ano na TV e na música. Compositores, poetas, cantores e atores profissionais, Juzé e Lukete lançam nesta sexta-feira, 19 de abril, o EP ao vivo “Visse & Verso”, reunindo cinco canções compostas pelos artistas em seu formato mais orgânico: Voz, violão e beat boxes, com muita poesia e melodias que passeiam pelo Pop, Rap, Piseiro e MPB. A capa do álbum é assinada pelo designer Welder Rodrigues - sim, ele mesmo -, o intérprete do prefeito Sabá Bodó de Mar do Sertão e No Rancho Fundo. Amigo da dupla, o ator fez questão de estar por perto nesta nova empreitada e ainda revelou mais um talento que poucos conheciam.

Neste segundo EP juntos - o primeiro foi lançado em 2022 -, Juzé e Lukete mostram ainda mais o potencial criativo da dupla e expõem a força da parceria: Um encontro de talentos e de alma raros, um dos trabalhos mais criativos da atual música popular brasileira. Com carisma e conteúdo, os paraibanos tecem rimas e levadas sobre amor, paixão, saudade, filosofias de boteco, sabedorias sertanejas, diversão e, claro, muita irreverência. “Nesse trabalho a poesia é dominante, a palavra está em primeiro plano. E a música vem como adorno, adereço que engrandece a palavra”, explicam.

Trovadores modernos com um pé no Nordeste e outro no futuro, Lukete e Juzé, aos 33 e 36 anos, chegaram para ficar. Músicas como “Candy Crush” unem o violão  melódico de Juzé, os beats de Lukete e a afiada escrita dos dois garimpada no já popular novo linguajar digital: “Baby vem me curtir sem dar dois toques…”, diz a letra. Outra canção que salta aos ouvidos em sua versão voz & violão - imagine com uma super produção musical - é “Amor de Feira”, um forró gostosinho que descamba para uma pegada latina no refrão "Amor, uôoo, deveria ser vendido em feira, feira, feira-a-a-a”. 

O álbum segue com a divertida “Baila Boy Baila Girl”, um brega-funk-piseiro pra lá de pop no suingue e no tema: “Baila girl, baila com boy / Baila boy com boy / Baila girl com girl”. Já “Telengotengo” une Trap e bossa nova, ressalta os inspirados jogos de palavras da dupla e atesta o quanto Juzé e Lukete se completam. A faixa é o single do álbum e já tem vídeo da gravação ao vivo em estúdio disponível no YouTube.

O disco finaliza com um moderno e irreverente aboio, canto típico do interior nordestino: Em “Nietche Aboyador”, eles usam vocabulário high tech para contar encontros surreais com Nietzsche, Freud, Frida Kahlo e Che Guevara “de jaqueta zara”. A canção traz na base expressões típicas do nordeste sertanejo, como “Vixe”, “vôte” e “varei”, e homenageia poetas nordestinos como Patativa do Assaré, Bráulio Tavares e  Jessier Quirino.
 
Como se diz lá no Nordeste, Juzé e Lukete se encaixam igual dedo no nariz. Ninguém escapa ileso de suas tiradas espirituosas, poesias desconcertantes e declarações de amor. São talentos que chegaram e já ficaram. Não à toa a Rede Globo (re)uniu a dupla. “Pra mim nosso encontro é divino, como uma confirmação. Dois artistas diferentes que juntos trazem o nordeste com modernidade e uma soma de referências”, diz Lukete. “Nossas histórias se atravessam que até a gente se espanta. Num parentesco distante a gente é primo, mas a amizade é o que nos faz dar vida a nosso trabalho. A admiração é o fator que aumenta isso tudo. Me vejo nele e ele em mim. Que bom que as nossas histórias se cruzaram”, completa Juzé.

O EP “Visse & Verso” é lançado em um momento muito importante na carreira dos artistas. Além do retorno à TV em No Rancho Fundo, nova trama das 18h, Lukete e Juzé também preparam seus álbuns solos, que serão lançados ainda este ano. Lukete tem uma pegada mais pop, com influências do rock, rap, reggae e música brasileira; enquanto Juzé dedilha canções e inspiradas na MPB somadas à pluralidade do reggae, rock, pop internacional e  batidas africanas. E ambos, claro, são regados pelos gêneros nordestinos - clássicos ou modernos -, e muita poesia popular de cordelistas e cantadores que sobem por suas raízes e se espalham por todos os braços do trabalho. “É tudo uma mistura simples entre Caetano Veloso e Mamonas Assassinas”, divertem-se.
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://pautareal.com/.
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp