27/06/2024 às 17h07min - Atualizada em 27/06/2024 às 17h07min

Número de unidades industriais na Paraíba cresce 24,4% entre 2012 e 2022

Total de unidades locais aumentou 3% frente a 2021, no estado, aponta PIA-Empresa.

Redação - Pauta Real
Fabricação de produtos alimentícios foi a principal atividade industrial em 13 das 27 unidades da federação - Foto: Gilson Abreu/AEN
Na Paraíba, o número de unidades empresariais industriais teve um aumento de 24,4% nos últimos dez anos, passando de 1.477 unidades em 2012, para 1.838 em 2022. No último ano (2022), em relação ao anterior, o crescimento foi de 3%. As informações compõem os resultados da Pesquisa Industrial Anual (Empresa e Produto) 2022, divulgadas nesta quinta-feira (27), pelo IBGE.

Desse total, a maioria das unidades pertenciam às atividades de fabricação de: produtos alimentícios (468); produtos de minerais não-metálicos (243); produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (125); e confecção de artigos de vestuário e acessórios (123). Em relação às dez maiores divisões industriais do estado, a categoria de “extração de minerais não-metálicos” apresentou o maior crescimento, com 19,7% em relação ao ano anterior, enquanto o setor de “fabricação de produtos têxteis” teve o maior decréscimo (-16,8%). 

A ocupação das unidades industriais que tinham cinco ou mais pessoas ocupadas, na Paraíba, cresceu 0,3%, em 2022 (72,8 mil pessoas), frente a 2021 (72,5 mil pessoas), sendo o terceiro ano consecutivo de aumento no nível de ocupação no setor industrial paraibano, mas mesmo assim, não foi suficiente para que o indicador retomasse o patamar mais alto da série histórica, que foi de 79,3 mil em 2014. Por outro lado, esse aumento verificado em 2022 ficou abaixo do observado nas médias nacional (2,5%) e regional (3,1%). 


Quando considerado o período 2012-2022, houve uma diminuição de 4,4% no total do pessoal ocupado na indústria, tendência seguida pelo Nordeste (-4,5%) e Brasil (-5,6%).

Do total de pessoal ocupado na Paraíba em 2022, cerca de 98,3%, aproximadamente 71,6 mil pessoas, trabalhavam em indústrias de transformação. Já a parcela de 1,7%, cerca de 1,2 mil pessoas, compunha a indústria extrativa, que, diante da proporção verificada em 2021 (1,3%), teve um pequeno aumento.

No setor da transformação, o ramo de fabricação de produtos alimentícios era o que tinha mais pessoas ocupadas (16 mil); seguido pelo da preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (15,4 mil pessoas); e pela fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (8 mil pessoas). Este último setor, apresentou apenas 6 unidades locais ativas no estado.

O levantamento aponta ainda que o Valor da Transformação Industrial (VTI), em 2022, foi de aproximadamente R$ 6,8 bilhões. Apesar de ter crescido pelo terceiro ano consecutivo, o VTI paraibano perdeu participação no total do Nordeste, em comparação ao início da série histórica, em 2012, tendo passado de 4,5% para 3,1%, respectivamente. O VTI é uma aproximação do valor adicionado da indústria, que resulta da diferença entre o valor bruto da produção e os custos diretamente ligados às operações industriais.

No estado, as atividades com maiores valores eram: preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (R$ 1,33 bilhões); fabricação de produtos alimentícios (R$ 1,13 bilhões); fabricação de produtos de minerais não-metálicos (R$ 1,09 bilhão); e fabricação de produtos têxteis (R$ 682 milhões). Esses setores detêm uma participação no total do VTI estadual de 19,7%, 16,6%, 16,1% e 10%, respectivamente. Essas 4 divisões de atividades econômicas juntas representavam, em 2022, 62,5% do valor da transformação industrial no estado.





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