19/03/2024 às 07h15min - Atualizada em 19/03/2024 às 07h15min

João Pessoa tem maior valorização de imóveis residenciais entre as capitais

No acumulado do ano, a cidade também detém a maior alta, de 2,51%, com preço médio de R$ 6.113/m²

Juliana Santos e Michelle Farias - Pauta Real
No recorte de fevereiro, a cidade apresentou o maior avanço mensal desde janeiro de 2018 (Foto: Pauta Real)
João Pessoa (PB) registrou aumento de 1,74% no preço do metro quadrado dos imóveis residenciais no mês de fevereiro. De acordo com o Índice FipeZap, a capital paraibana teve a maior alta entre as capitais analisadas, seguida por Salvador (BA), que teve crescimento de 1,15% e Recife (PE), com avanço de 1,04% nos preços. No acumulado do ano, a cidade também detém a maior alta, de 2,51%, com preço médio de R$ 6.113/m², seguida por Goiânia, cuja valorização foi de 2,35%. 

 No recorte de fevereiro, a cidade apresentou o maior avanço mensal desde janeiro de 2018, quando começou a ser monitorada pelo índice. Conforme a pesquisa, todas as 50 cidades avaliadas registraram valorização nos últimos 12 meses, com destaque para Maceió (+15,23%); Goiânia (+14,29%); Florianópolis (+11,29%); João Pessoa (+9,93%) e Manaus (9,80%). 

Apesar do aumento no preço, João Pessoa ainda tem o terceiro menor valor do metro quadrado entre as capitais. Já no cenário com todas as cidades pesquisadas, o preço mais alto é em Balneário Camboriú, com metro quadrado avaliado em R$ 12.842, Itapema, onde o m² custa R$ 12.709 e Vitória, com preço de R$ 11.110. 

Seguindo tendência das pesquisas anteriores, as maiores valorizações, quando analisados os últimos 12 meses, ocorreram nos bairros Aeroclube (20,4%), Torre (14,8%) e Bessa (14,3%). O metro quadrado mais caro da cidade é no bairro do Cabo Branco (R$ 9.601), em seguida aparecem Altiplano (R$ 8.002) e Jardim Oceania (R$ 7.575). Por outro lado, os bairros do Castelo Branco e Portal do Sol apresentam desvalorização de -22,4% e -1%, respectivamente. 

O corretor de Imóveis, Autobelli Nicácio, ressalta que desde a pandemia o aumento dos preços vem ocorrendo em todo o país, para todos os tipos de imóveis.  Ao aaliar o mercado, ele identificou ainda que moradores de João Pessoa ainda têm a necessidade de ter apartamentos acima de 100 metros quadrados com três quartos e dependência de empregada. Esse mesmo perfil de cliente também está à procuram de imóveis tipo flats e stúdios para investir e ter renda extra, por meio do aluguel por temporada. 

“O mercado imobiliário tem influenciado bastante no aumento da demanda dos imóveis e consequentemente no aumento dos valores. E o público de venda é bastante variado, pois tem o que quer sair do aluguel e comprar seu primeiro imóvel e tem aqueles que querem investir em empreendimentos de médio e alto padrão, que nesse quesito estão cada vez mais exigentes, querendo não apenas uma solução de moradia, mas de qualidade e pensados para o futuro”. 

“Entre os atrativos, o que chama a atenção dos visitantes e futuros investidores são a segurança, por se tratar de uma Capital, qualidade de vida, que muitas pessoas comparam com a interiorana e custo de vida baixo. Os turistas conhecem João Pessoa e percebem os atrativos que ela oferece, principalmente para pessoas que estão na fase da melhor idade”, destacou. 

 O diretor-secretário do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis na Paraíba (Creci-PB), Glauco Morais, afirmou que o aumento na valorização dos imóveis já era esperado pelo mercado e é resultado da concretização dos negócios realizados entre os meses de dezembro e janeiro, quando a cidade registrou alto índice de ocupação por turistas. Ele destacou que o crescimento na procura por imóveis na capital foi surpreendente para todas as imobiliárias e incorporadoras.   

 Aceleração - Os dados do monitoramento mostram que ocorreu a terceira aceleração consecutiva de preços com média de avanço de 0,49%, no entanto ficou abaixo dos dois principais índices de inflação observados pelo mercado imobiliário. O Índice Geral de Preços - Mercado da Fundação Getúlio Vargas (IGPM/FGV) subiu 0,52% no mês, enquanto a prévia da inflação Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) avançou 0,78%.
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