13/09/2024 às 15h25min - Atualizada em 13/09/2024 às 15h25min

Viagens de turismo por paraibanos teve crescimento de 42,6% entre 2021 e 2023

Das 21,1 milhões de viagens nacionais, 298 mil tiveram a Paraíba como origem.

IBGE
Foto: Pauta Real
Nos anos de 2020 e 2021, marcados pela pandemia de COVID-19, o percentual de domicílios paraibanos em que ocorreu viagem de ao menos um morador ficou em 10,5% e 11,7%, respectivamente, voltando a crescer novamente em 2023, de forma que em 212 mil domicílios, ou 14,5% do total, houve ocorrência de viagem de moradores, tendo essas proporções ficado abaixo das verificadas no Brasil, de 13,9%, 12,7% e 19,8%, respectivamente, de acordo com o módulo de turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C), cujos resultados foram divulgados pelo IBGE, nesta sexta-feira (13). Apesar desse crescimento, a Paraíba ficou com a 9ª menor proporção de domicílios, com algum morador que viajou em 2023, acima apenas do Acre (6%), Amapá (10,3%), Roraima (10,6%), Rondônia (10,8%), Pernambuco (11,9%), alagoas (12,5%), Amazonas (13%) e Ceará (13,5%).

Das 21,1 milhões de viagens nacionais estimadas, que ocorreram em todo o Brasil em 2023, 298 mil tiveram a Paraíba como origem, o que representa 1,4% do total. Esse resultado mostra a continuidade do crescimento das viagens por parte dos paraibanos, em relação aos anos de 2020 (180 mil) e 2021 (209 mil), com variações de 16,1% e 42,6% entre 2020-2021 e 2021-2023, respectivamente. Ressalte-se que esse cálculo também considera os deslocamentos entre municípios de uma mesma unidade da federação.

Esse aumento de viagens realizadas por moradores na Paraíba foi alavancado pelas viagens com motivação pessoal, que cresceu continuamente, tendo passado de 81,9% (147 mil), para 86,3% (180 mil) e 88,5% (263 mil) do total de viagens realizadas por moradores da Paraíba, nos anos de 2020, 2021 e 2023. Isso contribuiu para que o resultado de 2023 ficasse acima das médias regional (87,3%) e nacional (85,7%). Por outro lado, a proporção de viagens com finalidades profissionais caía, apesar do incremento na quantidade de viagens entre os extremos do período: passou de 18,1% (32 mil), para 13,7% (29 mil) e 11,5% (34 mil), respectivamente.

No caso das viagens que ocorreram por motivo pessoal, a principal razão para isso, apontada pelo estudo, foi a categoria Lazer, com 34,8% (92 mil) do total estadual, tendo crescido em relação à 2020 (28,7%; 42 mil) e 2021 (23,3%; 42 mil). Em seguida, temos o motivo Tratamento de saúde ou consulta médica, que passou de 21,6% (32 mil), para 34% (61 mil) e 30,8% (81 mil), respectivamente. 

Já a categoria “Outro”, que inclui compras pessoais, curso, estudo ou congresso pessoal, religião ou peregrinação, bem-estar e outros motivos, teve sua participação se elevado de 7,3% (11 mil), para 8,7% (16 mil) e 10,7% (28 mil). Por outro lado, a categoria Visita ou evento de familiares e amigos, teve participação caindo sistematicamente, tendo passado de 42,4% (62 mil), para 34% (61 mil) e 23,7% (62 mil), respectivamente.
Ainda de acordo com a PNAD C, a principal frequência de local de hospedagem pelos paraibanos que viajaram, em 2023, ficou com a categoria “Outro”, que inclui albergue, hostel ou camping, outros tipos de hospedagem e também quando não houve hospedagem, com 41% (122 mil) do total das hospedagens, tendo crescido 7,9 pontos percentuais (p.p.) em relação à 2020, com 33,1% (59 mil).

O segundo lugar mais procurado para hospedagem foi a casa de amigo ou parente, que apesar de ter aumentado continuamente em termos de número de hospedagens, teve redução de participação entre 2020 e 2023: passou de 46,4% (83 mil), para 37,3% (111 mil), respectivamente. As categorias Hotel, resort ou flat, bem como Imóvel por temporada ou AirBnb tiverem participação estabilizada entre 2020 e 2023, em torno de 11% e 3%, respectivamente, enquanto a Hospedagem em pousada passava de 4,8% para 5,3%.

O meio de transporte mais comum utilizado pelos paraibanos, em suas viagens, foi o carro particular ou de empresa, que continuou a crescer em termos absolutos, mas reduziu sua importância no total das viagens realizadas: passou de 59% (106 mil viagens), em 2020, para 48,4% (101 mil), em 2021, e 43,4% (129 mil), em 2023.
Por outro lado, algumas categorias de meio de transporte tiveram crescimento de participação, com destaque para a categoria “Outro”, que inclui carro alugado, navio ou barco, táxi ou aplicativo de transporte, trem e outros meios de transporte, que passou de 13,4% (24 mil), para 15,8% (33 mil) e 22,4% (67 mil), respectivamente. As viagens através de ônibus de linha também tiveram aumento, tendo passado de 10,5% (19 mil), para 10,4% (22 mil) e 11,2% (33 mil), respectivamente, enquanto as viagens de avião saíram de 6,8% (12 mil), para 6,3% (13 mil) e 7,3% (22 mil), nesses anos considerados.

Em 2023, moradores em 85,5% dos domicílios paraibanos não fizeram nenhuma viagem
Em 2023, a pesquisa revelou também que 1,2 milhão de domicílios paraibanos abrigava moradores que não realizaram viagem, perfazendo 85,5% dos domicílios existentes no estado, sendo a 9ª maior proporção do país e superior à média brasileira (80,2%). Também constatou a continuidade do decréscimo desse indicador em relação aos anos de 2020 (89,5%) e 2021 (88,3%). O principal motivo apontado para que nenhum morador tivesse viajado, em 2023, foi a falta de dinheiro (38,5%), não ter necessidade (31,1%), não ter tempo (9,1%) e não ter interesse (7,2%).

Algumas categorias tiveram crescimento de participação entre 2020 e 2023, como: Não ter necessidade (passou de 27,3%, para 31,1%, respectivamente), Não ter tempo (6,7% para 9,1%), Não ser prioridade (de 2,2%, para 6,5%) e Não ter interesse (passou de 6,7%, para 7,2%, respectivamente). Por outro lado, houve decréscimo na categoria “Outro”, que inclui não gostar de viajar e outros motivos, que passou de 15,9% (183 mil domicílios), para 3,7% (46 mil).

Viagens tendo a Paraíba como destino crescem novamente, atingindo 320 mil viagens em 2023
A Paraíba foi o principal destino de 320 mil viagens realizadas em 2023, mostrando um crescimento contínuo quando comparado a 2020 (188 mil) e 2021 (205 mil). O resultado de 2023 representam cerca de 1,6% do total de deslocamentos nacionais. Entre os estados do Nordeste, essa participação foi igual às verificadas no Rio Grande do Norte e Piauí que, por sua vez, foram maiores do que as verificadas em Alagoas (1,5%) e Sergipe (1,2%).

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