25/04/2024 às 10h51min - Atualizada em 25/04/2024 às 10h47min

Programa Acredita: a busca pela democratização do crédito

Vitor Nayron

Vitor Nayron

Economia

Foto: Governo Federal

O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, divulgou na última segunda (22) o primeiro eixo do Programa Acredita. O primeiro eixo do programa chamado de “Acredita no primeiro passo” consiste no microcrédito que é focado nas famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico.

 

Para a realização do programa, foi criado então o Fundo Garantidor de Operações (FGO) que contará com o aporte de R$ 500 milhões em 2024, que tem como finalidade a garantia das operações que ocorrerá por meio do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO). Além disso, 50% dos recursos serão destinados para as mulheres. 

 

Segundo os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, cerca de 41 milhões de pessoas inscritas no CadÚnico poderão utilizar os benefícios do programa. Segundo o ministro, o programa vem justamente para dar visibilidade a uma parcela da população que tem dificuldade de conseguir crédito no sistema financeiro tradicional.

 

Realmente, muitas vezes as pessoas que estão em classes sociais mais baixas possuem dificuldade em ter acesso ao crédito no sistema financeiro tradicional, uma vez que as próprias condições em que vivem retroalimentam tal dificuldade. Ou seja, o baixo nível de renda pode comprometer a capacidade de pagamento de empréstimos e financiamento, por exemplo. Já na outra ponta, o acesso ao crédito é extremamente importante para o desenvolvimento do empreendedorismo, que faz girar a economia com a criação de empregos e os mais diversos impactos nos diferentes setores, mas é importante o planejamento na utilização do recurso.

 

Além disso, o período de alta dos juros vivenciado nos últimos anos e que iniciou um ciclo de queda nos últimos meses,  impacta justamente a disponibilidade do crédito, o que o torna mais caro. 

 

Entretanto, o dinheiro é um dos pilares para o desenvolvimento do empreendedorismo, mas o planejamento é essencial. Segundo o estudo realizado pelo Sebrae, entre as empresas que fecharam em 2020, os principais fatores que corroboram para o fechamento foram: 

 
  1. Pouco preparo pessoal;

  2. Planejamento do negócio ineficiente;

  3. Gestão do negócio deficiente;

  4. Problemas no ambiente (pandemia)

 

Nesse sentido, o indicador positivo do programa é a disponibilidade da qualificação profissional para o grupo ao qual o programa se destina. Para que o programa consiga ser realmente eficiente, ou seja, consiga atingir o objetivo final de fomentar o empreendedorismo de forma duradoura na classe da população de menor nível de renda, é necessário o trabalho nas duas frentes: crédito e planejamento, que vai guiar a utilização pensada dos recursos. 



 
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