Foto: Marinha do Brasil Recentemente, o mundo observou o início da tragédia que está ocorrendo no estado do Rio Grande do Sul. Infelizmente, a enchente histórica impacta a vida de milhares de gaúchos nas mais diversas áreas.
É certo, como foi dito, que foram diversas áreas afetadas pela catástrofe: a saúde física e psicológica das equipes de resgate, voluntários e moradores, a perda de diversas vidas humanas e de animais, destruição do patrimônio público e físico de muitas pessoas, enfim, as questões são as mais diversas. Diante disso, na coluna desta semana, o objetivo é debater um pouco sobre os impactos econômicos causados pelas enchentes no RS.
O Rio Grande do Sul é um estado potente economicamente quando observamos a nível do Brasil. Com os dados de 2021, o RS tinha posse do
4° maior PIB entre os estados, correspondendo aproximadamente a
6,5% do PIB do Brasil.
Unidades da Federação | PIB em 2021 (1.000.000 R$) |
São Paulo | 2.719.751 |
Rio de Janeiro | 949.301 |
Minas Gerais | 857.593 |
Rio Grande do Sul | 581.284 |
Paraná | 549.973 |
Santa Catarina | 428.571 |
Bahia | 352.618 |
Distrito Federal | 286.944 |
Goiás | 269.628 |
Pará | 262.905 |
Mato Grosso | 233.390 |
Pernambuco | 220.814 |
Ceará | 194.885 |
Espírito Santo | 186.337 |
Mato Grosso do Sul | 142.204 |
Amazonas | 131.531 |
Maranhão | 124.981 |
Rio Grande do Norte | 80.181 |
Paraíba | 77.470 |
Alagoas | 76.266 |
Piauí | 64.028 |
Rondônia | 58.170 |
Sergipe | 51.861 |
Tocantins | 51.781 |
Acre | 21.374 |
Amapá | 20.100 |
Roraima | 18.203 |
Brasil | 9.012.144 |
Fonte: IBGE
Além disso, o Rio Grande do Sul é um estado pujante no quesito agricultura. Segundo os dados do Ministério da Agricultura, em 2020, ocupava a 6° posição nacional no ranking dos estados com maior volume de produção bruto da agropecuária. Atualmente, o RS é responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz.
Diante do desastre, o governo federal, alinha ao objetivo de evitar um possível desabastecimento ou conter um aumento no preço do arroz, aprovou uma medida provisória para a importação de arroz.
Entretanto, a Federação da Agricultura do RS informou que a colheita do arroz já tinha ocorrido em quase 80% das lavouras em um período anterior ao desastre. Além disso, na última quinta (16), o governo ajustou a projeção da inflação para 3,7% em 2024 frente a projeção anterior de 3,5%.
Um dos pontos destacados pelo governo para a calibragem na projeção foi justamente a questão do RS. O Ministério da Fazenda aponta que os custos dos alimentos como carnes, arroz e aves podem ter um aumento nos próximos meses.
O Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda destaca a dificuldade que pode ocorrer para escoar a produção do estado para as demais regiões, tendo em vista o impacto na infraestrutura do estado.
No que compete ao PIB do RS, é esperado então uma queda bem acentuada neste ano de 2024. Vale salientar o impacto no mercado de trabalho e o tempo que o estado vai precisar para reerguer toda a infraestrutura destruída. Por ter uma participação relevante na composição do PIB nacional, pode-se esperar também um possível impacto no resultado agregado do país.
Daqui, podemos seguir com as doações de roupas, água e demais itens básicos e necessários para os irmãos do RS, para que consigam se reerguer o quanto antes dessa tragédia.