12/06/2024 às 19h43min - Atualizada em 12/06/2024 às 19h39min

São João da Paraíba: uma perspectiva econômica

Vitor Nayron

Vitor Nayron

Economia

Foto: Daniel Silva/Prefeitura de João Pessoa
​O mês de Junho chegou e com ele temos a grande paixão dos nordestinos: a festa de São João. É uma das festas (se não for a ) mais aguardada do ano. Comidas típicas e muito forró. Na Paraíba, temos a nossa Campina Grande, com o maior São João do Mundo com 33 dias de festa. Mas, toda essa festa movimenta a economia do estado e é o que vamos falar um pouco no texto de hoje. 

O Governo do Estado anunciou o investimento de R$ 41 milhões para o São João. Desse total, mais de R$ 16 milhões foram destinados para o São João de Campina Grande. O restante foi empregado nas demais ações culturais do estado neste período junino. 

A prefeitura de Campina Grande espera receber mais de 3 milhões de pessoas, número 7 vezes maior do que a população da cidade. Mas não só Campina Grande tem a agitação com as festas, Bananeiras, por exemplo, tem a estimativa de movimentar alguns milhões também na região do brejo. 

O investimento do dinheiro público nas festas populares geralmente acarreta também em discussões em algum grau na população sobre a destinação do dinheiro para outras áreas prioritárias e necessitadas, como a saúde e educação. Entretanto, o foco deste texto é pensar de que forma a economia é movimentada na festa de São João. 

 Quando pensamos nesta movimentação em torno das comemorações juninas, é interessante expandir um pouco o campo de visão para entender melhor a dinâmica. A divulgação da festa atrai muitos turistas. A vinda de pessoas de outros estados já movimenta o setor aéreo. Além disso, se pessoas estão vindo de outras regiões, há a necessidade de hospedagem, o que movimenta também o setor hoteleiro. 

Além disso, há movimentação no setor de alimentação (bares e restaurantes), além dos próprio ambulantes durante o período de festa. Ou seja, há os chamados empregos gerados diretamente e indiretamente. 

Em adição, até mesmo a população local das cidades tende a comprar mais roupas, por exemplo, para curtir os dias de festa, o que vai gerar impacto no comércio local. Ademais, ainda é observado o movimento das cidades vizinhas com a ida temporária, ou seja, a população das cidades próximas tendem a ir e voltar para as cidades com festejos juninos. 

No dia 28 de maio, a rede hoteleira de Campina Grande, por exemplo, já tinha uma taxa de ocupação de 82%, sendo a maior dos últimos 15 anos, e espera ter a taxa de ocupação de 100% até a primeira semana de Junho. 

Diante do exposto, o São João é uma festa que causa um efeito cascata na economia regional demonstrando não só a sua influência cultural, mas também econômica. 
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